E avançamos para a fase final…




E avançamos para a fase final do raio da Fanzine. Há meses – tantos quantos estou em casa, creio – que ando, de um lado para o outro, entre trabalho e família e o camandro, a estruturar aquele que será, efectivamente, o primeiro volume da Fanzine. Utopia Platafórmica é o nome que este blog carrega, e pareceu-me indicado manter o mesmo em toda e qualquer forma de comunicação que faça doravante. Para lá disso a estranheza o mesmo soa bem, pá! Muito devido a tal, este blog tem andado moribundo, a arrastar-se pelas ruas da amargura e de desgosto, desejoso de ar. Decidi, assim, que a nova entrada do blog seria sobre os projectos que nasceram deste.

A aventura começou em 2019, pouco antes do Invicta Reqviem Mass – há um artigo sobre o festival, ide ler – em que me juntei a um amigo da zona do Porto, e avançámos com a "Abasy". A ideia era gira, ainda que tivéssemos zero recursos, para todos os efeitos, de levar o barco a bom porto,s ejamos sinceros. Querer documentar o surgimento de uma cena, do seu início até aos dias de hoje… do not hold my beer for I do not accept the challenge LOL mas achávamos que poderíamos fazer algo giro. E fizemos. Não saiu mal e, na minha opinião, trata aqueles que deveria tratar num projecto que estava na fase inicial. Duas edições saíram, ambas distribuídas de forma gratuita na Bunker Store, no Porto, do grande Mestre Manuel!

A ideia transformou-se, de algo muito restrito a um género, em algo muito mais abrangente e "casa" de todos e mais alguns. Achei uma ideia imensa, até porque sentia que me estava a limitar em vários sentidos, e a fugir à ideia deste blog... ainda que a ideia deste não fosse propriamente a ideia por detrás da Fanzine. Got it? Boa.

Assim sendo, progredimos para nova ideia, novo projecto, nova Fanzine. "Rock em Chamas", uma homenagem a dois programas de rádio que já não tive a oportunidade de vivenciar: "Rock em Stock" e "Lança-chamas". Dois programas que, segundo relatos dos "mais velhos", poderão ser considerados o John Peel das ondas radiofónicas nacionais, onde Música era dada a conhecer, ainda que com incidência nas sonoridades mais pesadas e extremas.

Nesta nova encarnação os temas e os géneros já saíam da esfera do Heavy Metal, abraçando bandas com sonoridades mais alternativas e / ou associadas ao Heavy Metal. Mão Morta foi uma das bandas que inicialmente tomámos como obrigatória! Pela sua história, pela sua sonoridade, pelas suas individualidades, era mais que merecedora… ou obrigatória. Long story short: nenhuma das duas venceu, por assim dizer ahahah acabei por ficar sozinho após a saída do Luís Teixeira, e a ideia de avançar com uma Fanzine, física, não estava nos meus planos, já que a carga de trabalho ainda é elevada. Mas cá estamos!

Textos elaborados, entrevistas recebidas – outras em "trânsito" – reviews e o raio. Documento do Word e do Publisher todos fofinhos e (quase) prontos para seguirem para a printer! Vai ser algo de jeito? Não tenho ideia alguma ahahah o pessoal vai curtir? Não sei. Vão aderir? Gostava que assim fosse, nem que seja por este processo estar a ser algo que me agrada imenso, que me está a dar um gozo tremendo e que me tem permitido entrar em contacto com músicos que criam conteúdos que me dizem algo, com os quais me identifico. Mas que passou com o conceito da mesma?! Oh well, retrocedi e acabei por criar algo limitadíssimo a um subgénero.

Esta nova encarnação, desta feita com o nome do blog, está direccionada para o Black Metal. No fundo, é a sonoridade que mais me diz, portanto faz todo o sentido investir em algo baseado neste. Ok, poderão sair uns números dedicados ao Punk Oi, mas ainda assim o "core" da mesma será sempre o Black Metal. De resto nada, só dar umas palavras para mostrar que, deste lado, nada está morto. Fiquem com o espécimen a seguir postado e apreciem um dos melhores trabalhos de Black Metal deste ano. Beijinhos e abraços.

Lampir - "Awaiting the Predatory Dreamscape" (Altare Productions, 2020)

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