Regressamos, passadas 2 semanas, às publicações aqui no Blog e nas Redes Sociais. Vida de proletário dá nisto: andas ao sabor do que o Grande Capital te obriga a fazer ahahahah

Seguimos com o 2.º Volume da Fanzine, dedicada ao Punk Oi! Hardcore, e aos IRMO, mais um colectivo de Euskal Herria (espanto, não?)

IRMO

Vindos de Euskal Herria (Arrasate, Deba e Donostia) e das mãos da Mendeku Diskak, IRMO apresentou-se, ano passado, com um 7". 3 canções em basco, 1 em inglês (com participação de Sucker Oxymoron) e 1 cover de Reich Orgasm. Um Punk Oi enérgico! Tive a oportunidade de fazer algumas perguntas a estes senhores: IRMO.

Bom Dia senhores. Espero que esteja tudo bem e muito obrigado pelo vosso tempo e palavras. Contem-me um pouco mais sobre esta estória que são os IRMO?

Boas! Irmo nasceu em 2019 e gravamos a Demo em Julho do mesmo ano. Foi tudo muito rápido e suave. A ideia surgiu a Aritz, quando estava sem banda há já vários meses. Depois de terminar com Legez Kanpo, e estar habituado a envolver-se em diferentes projetos, ocorreu-lhe começar outra banda Oi!. Para isso, fala com Alkorta, baixista do grupo, que ao aceitar contacta Ekaitz (baterista) e Jonlo (guitarra). Reunimo-nos para ensaiar e beber algumas cervejas, em Março, e começámos a fazer as músicas aos poucos. Tem sido um ano muito produtivo , apesar do pouco que temos para ensaiar! O sermos de cidades diferentes, combinar horários de trabalho, é difícil

O facto de cantarem em Euskera foi decidido desde o início e é algo que considerais importante e fundamental para a vossa integridade, como músicos / artistas?

As músicas foram saindo assim, não descartamos fazer algumas em espanhol mas continuaremos cantando em basco, que é a nossa língua.

Como podemos definir os IRMO: Punk, Punk / Oi? Qual considerais ser o vosso nicho?

Define-nos como quiseres hahaha fazemos o que nos sai e queremos. O principal é que o pessoal se divirta! Como disse Miky Fitz, "Hardcore é Punk; Punk é Oi!; Oi! é Hardcore!".

Aggressive Combat, Oldarkor, Legez Kanpo, Dirty Brothers, Orreaga 778 e Hawking Thugs. A vossa estória na música vem de longa data, certo? Consideras que IRMO é uma perspectiva pessoal nova / diferente da Música, e por isso criastes uma nova banda?

Acho que não o vemos dessa forma. Somos pessoas que já estiveram em mais bandas e projetos diferentes, de organização de shows a DJing., sempre em torno da cena Skinhead e aconteceu que nos encontrámos e nos divertirmos juntos. Não somos uma banda que, por exemplo, vem do futebol, e os componentes têm gostos musicais e hobbies diferentes. Somos um grupo de pessoas que, simplesmente, gosta de tocar. Temos a cultura Skinhead em comum, e a cada ensaio ficamos para jantar, pomos a conversa em dia, bebemos umas cervejas e comentamos novos álbuns, "batalhas", coisas a organizar ... Acho que é o mais importante para nos desconectarmos do dia a dia e passar um bom tempo.

Quais as influências musicais mais presentes na sua música?

A cerveja.

Há uns anos, em conversa com um amigo, comentei que o Punk, sem o elemento político, não estava à altura do sentimento revolucionário do género.

A pergunta de um milhão de dólares que se tudo é político? Quando protestas contra algo que não te agrada, do qual não gostas… estás a fazer política! Outra coisa é política partidária, ideologias. The Clash era um grupo de Punk político e revolucionário e do outro lado do ocenao estavam os Ramones, que não eram políticos. Não sei! Depende de como olhas para as coisas. A mesma coisa aconteceu aqui. Olha para Kortatu e olha para Eskorbuto. Acredito, sim, que uma banda tem que disser o que pensa e agir com autenticidade e não gritar 4 slogans e querer ser politicamente correta. Nesses não acredito! Não são Punks haha! O Punk dá-te a capacidade de dizer o que te der nas ganas, fazer o que quiseres e seres tu mesmo!

Que podemos esperar de IRMO, para o futuro, ou esta pandemia atrasou-vos os planos?

A verdade é que esta merda nos estragou, e bem, o ano! No final de Janeiro apresentámos o nosso EP, e a intenção era fazer uma tour o ano todo, e fazer shows. Saiu agora um Split com Lebel, Hymns e Harry May, e vamos ver o que o futuro reserva.

E Portugal? Que conheceis da nossa cena musical?

Aritz tocou, há alguns anos, com Hawkins Thugs em Lisboa e no Algarve. Tocámos com Facção Oposta e Mata-Ratos. O que conhecemos é realmente isso… Mata Ratos e bandas lisboetas como Facção Oposta, Falcata, Albert Fish, Clockwork Boys, Forca ... Adoraríamos tocar em Portugal e terminar com o stock Sagres e Superbock!

Foi um prazer e espero que possamos conversar novamente no futuro. Cumprimentos, de Portugal.

Obrigado por contares connosco


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