Xerión - Montes e Bosques Místicos

Xerión comemora este ano 20 anos de existência. Nocturno é, desde o primeiro dia, o timoneiro deste barco, o líder desta Santa Compaña. Desde o ano de 2002 que tem o apoio de Daga, nas teclas e similares. Se há som que reflecte o meio que rodeia o artista, Xerión é claramente um desses casos. A velha e mitológica Galícia, refém de ancestrais mitos e medos, verdejantes campos e cerrados bosques.

Tive a oportunidade de colocar algumas questões a Nocturno, que brilhantemente nos descreveu a realidade que é Xerión.

Muito obrigado por terem aceite este meu pedido. É um prazer ter a oportunidade de falar com um grupo de músicos tão próximos. Galiza e Trás-os-Montes, a proximidade geográfica e a herança cultural, certo? Partindo deste ponto, permitam-me que vos pergunte quanto há, da Galiza, na entidade que é Xerión?

Obrigadas nosoutras polo seu interesse e apoio ao XERIÓN. Sem dúvida há mais em comum entre o Sul de Ourense e Trás-so-Montes do que uma fronteira no mapa político pode significar, sobre tudo quando estamos a falar de persoas que levam mantendo um contato diário de geraçom em geraçom, fornecendo usos e costumes própios e diferenciados do resto. Logicamente há diferenças, mais sentimos uma mais funda proximidade e pertença a esses códigos culturais e de expressom vital que com outros cos que somente compartimos o pertencer ao mesmo Estado político.

Sem a Galiza e tudo o que significa e representa pra mim como indivíduo o XERIÓN nom seria como é... e cecais nom teria existido como tal. Quando comecei co projeto na primavera do 2001 tinha claro que a cultura, história e música galegas teriam um grande predomínio na entidade, assí como os diferentes sentimentos e conhecimentos que levo atesourado como ser nado e vivente na Galiza. Até o de agora, dum jeito mais claro ou mais oculto, assí tem sido, e assí seguirá sendo...

Fazeis este ano 20 anos. Isto é, desde já, uma conquista. Que significa este número tão redondo e como tem sido a aventura até hoje? E, muito importante: a formação mantem-se inalterada. 

Quando olho pro nosso passado, som consciente de tudo o feito, e sinto um fundo orgulho e nostálgia por elo. A primeira demo foi editada em junho de 2001, e na altura nom pensava nim de longe o ter chegado até o de aquí, ter editado tal quantidade de trabalhos e, nim muito menos, ter levado o nosso som ao vivo por outros lugares. Mais ainda queda por fazer, alomenos até que poidamos gravar as novas músicas nas que estamos a trabalhar a dia de hoje. 

Sobre a formaçom, bom, ainda que XERIÓN é Nocturno e Nocturno é XERIÓN, como tantas vezes tenho dito, a Daga leva nele dende o 2002 e nom só como multi-instrumentista, senóm tamém fazendo arranjos ou maravilhosas composiçoes, como bem se pode ouvir no seu tema "Caos" do 6º álbum "O Nada no Caos Infinito". É um lujo, uma honra e uma bençom poder contar com ela...

E o mesmo podo dizer de O Rei Celta No Exílio (frauta, whistle, gaita e uilleann pipe), quem colabora connosco de jeito intermitente dende 2005. Seu é o início e final desse último álbum, "Nada"... Com ouvilo, sobram todas as verbas sobre o seu trabalho e mestria.

Onde ides buscar força e ânimo para manterem viva a chama de Xerión? Suponho que não seja fácil, passados 20 anos, ainda sentir aquela raiva do início. Onde vos inspirais, hoje, para compor?

É difícil de explicar, pois nim eu mesmo entendo bem o porqué. É uma espécie de necessidade vital, profunda e visceral que precisa ser plasmada em forma de som, e este à sua vez em objeto físico (a ediçom em si, coa sua parte visual e poética representada) ou ao vivo (ensaios privados ou rituais públicos). Logicamente algumas das motivaçóns e pretensóns forom mudando co passo dos anos, mais si que sigo a sentir algo que poderia ser descrito coma "um lume de vazio" que de quando em vez volve e me obriga a trabalhar em novas músicas pro XERIÓN.

A inspiraçao na atualidade? A mesma dende a noite dos tempos: a Mágia da Natureza e da Noite, os Caminhos da Lua e as Estrelas, a Saudade, a Galiza histórica, a lendária e a atual... e por suposto, a Pálida Morte, Negra Sombra...

Prestes a fazer 20 anos e sem sinal darem de querer parar. "O Nada no Caos Infinito", de 2020, vem confirmar esta ideia de que há vida em vós. Este é, também, um trabalho mais "despido", mais cru. Que vos levou a tomar esse caminho?

Quando rematamos de gravar anteriores trabalhos como "A essência do Abismo" (5º álbum) ou o EP "Derradeira saudade na lua lânguida" sentim a necessidade de fazer algo mais primitivo e singelo á hora de registrar as cançóns. Começou a rondar-me pola cabeça ate que punto influem os límites concetuais (sobre tudo sonoros) nos que deve de mover-se o Metal Negro, e, já que logo, as opinións alheias sobre o nosso trabalho.

Nos começos do projeto sempre escrevia o material pensando numa banda real formada por bateria, uma ou duas guitarras, baixo, teclados e voz, com eventuais instrumentos tradicionais e/ou antigos. Mais estava eu sozinho, gravando tudo com médios rudimentários e coa ajuda duma caixa de ritmos. Pouco a pouco, e naqueles primeiros anos, fum dando passos pra lograr o ideal que duma banda tinha na minha mente, tanto a nivel formaçom (coa incorporaçom doutras persoas ao projeto) como a nivel técnico (fazendo-me com milhores médios tanto pros diretos como gravaçóns), e achegar-me assí a ele sem perder uma certa identidade. Até que punto foi consciente ou inconsciente, nom o sei... mais si que, no fundo, essa foi a minha linha de trabalho.

Mais, pensando bem nelo, nom deixa de haver uma certa impostura, sobre tudo nos últimos dez anos nos que somente quedamos Daga e mais eu, coa colaboraçom de O Rei Celta No Exílio quando o requerimos. No quarto álbum "Escárnio, Maldizer e Morte" fizemos uma primeira aproximaçom reduzindo aos mínimos elementos a sua gravaçom pensando no direto: guitarra, teclado e voz... e ainda assí gravei por separado a bateria... Mais desta vez tocava dar um último passo, e fazer um álbum pensando, por um lado, numa caixa de ritmos co seu som artificial e mecánico, nom numa persoa hipotética e ideal; e polo outro, nos mínimos elementos pra cada cançom, evitando tudo o supérfluo na busca de cadansua ideal essência. E tudo ele cum som rudimentário e primitivo, em muitos casos com médios demasiado singelos e à primeira toma, incluindo sons ambientais nom buscados mais que, bom, aparecêrom aí, e aí quedárom...

Sei que muita gente, incluso alguma que gosta dalgúns trabalhos anteriores do XERIÓN, nom vai a escuitar mais duns poucos segundos, bem pola sonoridade tam ruda e nalgúns momentos desagradável, bem no momento no que ouva a caixa de ritmos, bem polo cecais desconcertante de tudo ele... Bom, este álbum nom foi composto pra elas... nim sequera está composto pra ouvir em qualquer momento...

Mais bem é certo que, um ano despois de começar a trabalhar nele, creo que é o mais preto que esteve (até o momento) do meu ideal do Negro Metal da Morte...

O vosso som sempre teve a capacidade de me remeter para as paisagens que, de um lado e outro da fronteira, continuam a relembrar-nos de épocas passadas. Há uma musicalidade muito ligada à Natureza e a lendas antigas. Consideras que é uma análise correcta da vossa sonoridade?

Uma das principais motivaçóns à hora de fazer música pro XERIÓN é essa que comentas, polo que algo terá a música e a gravaçom pra que assí o percebas e sintas sem termos falado previamente delo.

Moitas vezes é curioso como é entendido algo tam abstrato coma a música, já que uma coussa é a que pretende plasmar e transmitir a persoa criadora, e outra (que pode ser mui diferente) a que interpreta a persoa ouvinte. Tentar achegar ambas é um mistério que toca resolver com esforço, trabalho e dedicaçom e, já que logo, tempo e paciência.

O inserires flautas e acordeão, no Black Metal, nunca sentistes que poderia ser um risco demasiado alto? Ou seja, a flauta não é, de certa forma, um elemento muito presente no género... a verdade é que resulta, e muito bem!

Eu creo que o principal é evitar enganar e, sobre tudo, auto-enganar-se a um mesmo. Nunca falamos do XERIÓN coma um projeto de Black Metal a secas, e sempre deixamos claras outras influenças e achegas que formam parte do seu som. É mais, dende quase o começo empregamos a etiqueta Metal Galaico Extremo pra referir-nos ao que fazemos, o qual da uma liberdade que cecais outra nom daria.

É por elo que nunca descartamos fazer o que em cada momento nos pedia o corpo e a mente fazer, o que motivou que, pra bem ou pra mal, a trajetória do XERIÓN tenha sido tam aparentemente eclética, tirando uns trabalhos mais pro que tradicionalmente se entende por Black Metal, e outras mais para o Folk Metal, com eventuais incursóns no Ambient ou incluso na chamada Música Antiga (coma un dos últimos EPs, "Danças de agonia e peste", gravado integramente com instrumentos medievais -cítola, oud, órgão positivo, frauta de três buracos, psaltério e sinfonia-).

Mais creo que, logo de tantos anos, temos conseguido uma espécie de fio condutor que, dum jeito ás vezes misterioso e quase imperceptível, une tudo elo cuma certa continuidade e coerência... ainda que cecais nom importe tanto...

Bruma Obscura, Koltum e Decayed, três grupos portugueses com os quais colaborastes. Quais os elementos que vos ligam a cada um deles? Há diferenças sonoras, mas há afinidade de outro tipo, suponho.

Levamos em contato com o Lino de BRUMA OBSCURA dende há já moitos anos. A primeira vez que coincidimos foi no IV Extreme Metal Attack da Covilhá no 2006 e dende entom mantemos uma profunda relaçom acrecentada polos anos com concertos e festivais conjuntos assí como com ediçóns compartidas como a que comentas (e na que tamém estavam os RÉSTIA). Gostamos muito do Negro Arte Sonoro dele (tanto neste projeto coma em outros que tamém faz), e resultou algo lógico poder amossalo nessa especial ediçom.

O mesmo poderiamos dizer de KOLTUM. Coincidimos com eles em concertos e festivais moitas vezes na Galiza e Portugal, e quando tocamos no Frenopátiko de Vigo em 2012 houvo a oportunidade de gravar o ritual, polo que foi uma ocasiom fantástica pra ter esses momentos únicos num templo do subterráneo galego registrados. A sonoridade é mais diferente que no anterior caso, mais creo que, tal como acontecia nos concertos que demos em conjunto, fam bo complemento sonoro: KOLTUM mais agreste e direto, o XERIÓN mais melancólico e pausado.

Com DECAYED foi diferente. Som mui fam da banda dende que a conhecim a finais dos 90, e polo 2004 contatei com eles pra propor-lhes uma ediçom conjunta, já que pra mim seria um honor e um lujo. Após ouvir as nossas primeiras demos e alguma das músicas que estavamos a gravar já (o EP "Na Mística Procura de Amh-Ghad-Ari") comentárom que gostariam tamém delo e, feito! Naquela altura nós tinhamos alguma sonoridade thrash nas nossas músicas, e que ficava mui bem cos temas do seu "Hymns to Satan" (ao que engadiram a versom "Metal Command" de EXODUS). Tivemos oportunidade de compartir palco (ainda que em dias diferentes) no VIII Extreme Metal Attack de 2010. Como já diz, uma honra! 

Falai-me do Negro Círculo Minhoto. De que forma se estruturou este colectivo, quais as premissas do mesmo, os objectivos e motivações, etc. 

Tal como reza o nosso manifesto fundacional, formamos o NCM um coletivo de persoas que, logo de vários anos fazendo música extrema e subterránea juntas, decidimos juntar-nos neste coletivo sem ninguma outra meta que a de seguir rendendo culto à Noite, à Lua, à Natureza, à Galiza Profunda e, em definitiva, à Morte como celebraçom da Vida, coas nossas manifestaçóns sonoras, líricas e plásticas. 

Na atualidade integram este coletivo as bandas/projetos SORDIDA NOX (Black Doom Noise), VRK (Black Crust), NADOS NA ESCURIDADE (Doom) e XERIÓN, e até o momento temos organizado um festival conjunto em 2019 (o de 2020 tivemos que cancelar pola pandémia), editado 2 recompilatórios e, por suposto, participado umas nos projetos das outras, bem ao vivo, bem em diferentes gravaçóns e ediçóns. E que siga a tolémia!

Esclarece-me uma curiosidade: vós sois de 2001, mas o vosso primeiro álbum só sai em 2007. Há alguma razão para tal, ou foi um processo natural? 

Antes de começar co XERIÓN fundei coa minha companheira Daga o selo subterráneo Nigra Mors, e através dele editamos as primeiras demos e compartidos da banda. Mais tinha claro que o primeiro álbum tinha que ser editado por algum selo diferente, pois somente desse jeito eu estaria seguro de ter conseguido uma qualidade mínima e aceitável, e um som o suficientemente própio. Nom há ningum problema em que haja bandas e projetos que o primeiro que editem, ou incluso auto-editem, seja um álbum... Mais co XERIÓN preferim seguir essa via de trabalho paciente e constante, passo a passo e sem acelerar as coussas. 

Gravamos e editamos três demos e vários compartidos nesses primeiros anos, ademais de fazer vários concertos pola Galiza, Portugal e Norte da Espanha, e a finais de 2006, logo de enviar duas cançóns a modo de promo a vários selos, chegou a oferta de Tour de Garde do Canadá pra editar um primeiro álbum em cinta e com Schwarzdorn da Alemanha pra fazer em CD, algo polo que lhes estou imensamente agradecido.

A dia de hoje penso que nom teria sido problema em seguir editando somente demos e compartidos já que, bom, ainda seguimos fazendo. Moitas vezes a diferença entre um tipo de ediçom e outro tem mais que ver, no nosso caso, co conceito lírico e sonoro e coa sua duraçom. E, por suposto, já nom nos preocupa tanto o ter que auto-editar o nosso material, ainda que isso signifique reduzir o número de cópias e nom ter uma mais ampla distribuçom e promoçom... Manejamos milhor assí tudo o processo, sem perder algo que, coa idade, se torna mais precioso, que é o nosso tempo. 

Para lá da associação à Natureza, o vosso som também "traz" uma melancolia que creio só se sentir nas terras do Norte. Há uma similar sensação de desespero e infortúnio por terras de Bragança ("A Hoste Antiga do Luceiro") transporta-me muito para essa imagem. Mas, ao mesmo tempo, uma música como "Romance de Maria Balteira" é um Folk tradicional. Verdade que é uma compilação de temas, mas mostrais várias perspectivas da mesma banda. Como é criar, sabendo que há mais que uma personalidade dentro de uma só? 

Dende os começos do XERIÓN sempre houvo essa dobre faziana entre a parte mais escura e melancólica da existência em forma de sonoridades mais achegadas ao Metal Negro, e a tradicional do folklore galego. E co tempo essa mistura foi-se fazendo mais rica e poliédrica coa inclusom de outros elementos já mencionados nalguma pregunta anterior.

Assí como no passado era motivo dalguma dúvida ou incertidume sobre como tratar tudo esse material, levamos uns anos nos que creo que chegamos a conseguir uma certa coerência ou, alomenos, um certo jeito de afrontar as melodias, estruturas e temáticas que vam aparecendo nas nossas composiçóns. Som elas as que, dum modo órgánico e ás vezes intuitivo, vam guiando conformando um som que, em certa medida, é já reconhecível, sendo o nosso papel (Daga, O Rei Celta No Exílio e mais eu, Nocturno) o de simples intermediárias e transmissoras.

É quase impossível fugir à realidade actual e ao efeito que tem tido em todos. De que forma estais a viver estes tempos tão estranhos? De que forma encaras o que virá depois desta tormenta?

Nos primeiros meses da pandemia tivemos muito tempo pra pensar e dar-lhe voltas a moitas coussas. Froito delo foi a apariçom de trabalhos como “Danças de agonia e peste” ou “Ruína e decadência”, ideados e gravados integramente nesse período. Incluso o sexto álbum “O Nada no Caos Infinito” mudou em boa parte a sua concepçom primigénia por mor da situaçom vivida. Ate esse momento o XERIÓN nunca experimentara com sonoridades tam cruas e tam claramente niilistas e distópicas. Algúns trabalhos passados introduzem certos elementos, mais por experiências persoais e individuais, mui puntuais no tempo, nom por um motivo externo tam global, e cuja soluçom nom depende tam diretamente de um.

Até que passe tudo isto nom me sinto mui capacitado pra falar do que está a ser este tempo, tanto a nivel individual como coletivo, ainda que si que som mui pessimista do que ainda está por vir. Mais bom, aprendemos a viver ao dia e sem fazer demasiados projetos a médio ou longo prazo, algo que, por outra banda, faz que desfrutemos mais do presente e valorando como se merece o já vivido.

De que forma foi a Galiza atingida pela pandemia? Houve, da parte das pessoas, uma noção de responsabilidade e cumprimento de normas?

Vimos de sair há umas poucas semanas na nossa zona dum estado de semi-confinamento (da casa ao trabalho e do trabalho à casa, e pouco mais) que durou dende começos de janeiro, semelhante ao vivido entre outubro e começos de dezembro, mais que nada tivo que ver co confinamento total de há um ano. Estám sendo uns tempos mui duros, com normas mui extremas, mui cambiantes em curtos espaços de tempo e em momentos contraditórias, que sumadas ao caos informativo que tudo o inunda fam que a principal sensaçom que notamos e sentimos seja, como mínimo, de cansaço e irascibilidade.

Nom temos queixa do comportamento das persoas na zona na que vivimos, um entorno rural alonjado de grandes concentraçóns urbanas. Si que, através da imprensa e RRSS, sabemos que nom sempre está a ser igual em todos os lugares, e que esses outros jeitos de afrontar a pandémia fam que o discorrer desta seja mais errático e incontrolável, e o seu final ainda algo utópico. Mais como é algo que nom depende de nós diretamente, tentamos abstraer-nos o mais possível, adicando o nosso tempo e esforço a coussas que nos ajudem a coidar mais a nossa saude mental e a de quem nos arrodea.

A nível da Cultura e dos espaços culturais, qual foi o efeito da pandemia nestes? Apoios, houve?

Horrível. E ainda creo, como já diz, que o pior está por vir, já que ate que nom se vaia deixando atrás esta situaçom de confinamento nom saberemos o impato real de tudo isto.

Polo de pronto algum dos lugares de concertos subterráneos já fechou as suas portas, coma o mítico e já mencionado Frenopátiko de Vigo. E a saber que será de lojas, festivais, selos e distribuidoras. Estas últimas estám a ter bastantes dificultades à hora de mover o material polas restriçóns do correio, sobre tudo a nivel internacional.

Si que a nivel de ediçóns das bandas nom houvo uma merma considerável. Mais estám a ter a saida que teriam numa situaçom pre-pandémica? O XERIÓN nom é uma banda que tocasse muito ao vivo, mais si que era nesse terreo onde mais moviamos os nossos trabalhos (e nom podemos queixar-nos, já que os últimos estám a ter uma mui boa acolhida tendo em conta toda esta situaçom)

Como será tudo de novo? É difícil prever... mais a sensaçom de longo valeiro ante nós aí está... Haverá que procurar novos caminhos e relembrar outros passados. Polo nosso trabalho e dedicaçom nom será, abofé que nom!

E o futuro? Que podemos esperar para o futuro de Xerión? Um longo e forte futuro, espero...

Atualmente estamos imersas no processo de composiçom dos trabalhos que verám a Negra Luz neste 2021, ano do XX Aniversário. Algumas dessas cançóns iram saindo baixo o nome de “Demos do Kaos” em pequenas ediçóns em cinta, homenagem aos nossos começos no subterráneo, e nas que contaremos com algumas ialmas amigas deste Escuro Arte. Outras aparecerám num vinilo compartido cos mexicanos ERESHKIGAL, onde contaremos na bateria com Lord Marganor. E finalmente tamém participaremos num trabalho compartido com ANTIQUUS SCRIPTUM, TALOG e TENEBROSITAS... E quem sabe se nos meteremos nalguma lea mais!

O que si é incerto é a volta aos rituais ao vivo... nom nos atrevemos, tal como estám as coussas, a aventurar nada...

Mais uma vez, um forte abraço de Portugal para os companheiros Galegos!

Muitas grazas polo seu interesse e apoio, e por fazer-nos esta fantástica entrevista. Tudo o milhor na sua vida e projetos.

Vémonos no Inferno!

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