MEGADETH – PEACE SELLS... BUT WHO’S COUNTING DOWN TO EXTINCTION?

Ontem apanhei um post acerca dos Procyon, nas redes sociais, hoje, recordei o "Read my Lips". Daí segui para outra perspectiva do Thrash: Megadeth. Qual a relação entre a banda Almadense e o projecto de vida do Sr. Mustaine? Para lá de ambos "existirem" na esfera do Thrash Metal, pouco ou nada há entre ambos. Megadeth.



Como muito outro pessoal, fui apresentado às maravilhas do Heavy Metal através do Thrash; com isso e com umas tapes de Iron Maiden que anos mais tarde desgravei, vá de retro! De qualquer forma certas malhas, certos álbuns, e certas bandas, mantiveram-se. Megadeth é a minha banda Thrash preferida, e das pouquíssimas a que regresso de tempos a tempos. A par do “Show no Mercy”, do “Obsessed by Cruelty” e dos clássicos de Metallica, estes são os álbuns de Thrash que mais vou ouvindo.

Durante vários anos Megadeth andava sempre no Walkman, depois passou para o CD, e anos mais tarde para o MP3. De certa forma o Sr. Mustaine acompanha-me há uma série larga de anos, e só me começou a “desiludir” quando lançou o “Risk”... Tristeza. Mas de clássicos falamos, e este é um deles. Depois de um álbum de estreia que mostra, sem dúvida alguma, que este senhor tem mais qualidade que os outros 3 cabeçudos de Metallica, chega ao 2.º álbum e larga esta bomba. “Wake up Dead” a dar início ao bombardeamento?! You be mad?! O Mustaine andou, para gáudio dos fãs, e desespero dele, a matar-se um pouco mais a cada dia que passava. Há músicos que funcionam à base de estímulos negativos, e as estórias com o Anão e o Beberolas são mais velhas que a Sé de Braga, pelo que siga! Ainda assim, toda a injustiça que o mesmo referiu várias vezes sentir, alimentam uma banda que vem em crescendo desde o 1.º álbum, e que aqui solta-se e mostra o que vale!

O baixo do Ellefson na “Peace Sells”, deixa uma marca que não se consegue ignorar! O som “básico”, “simples”, quase amador, dá uma doçura e remete-me para uma adolescência em que o som que ouviamos era tudo menos demasiado produzido e limado. Belas tardes na MS a curtir o Thrash.

Para muitos, o melhor estaria para vir (“Rust in Peace”), e talvez estejam correctos, mas ainda assim, os Megadeth começavam, aqui, a pavimentar o caminho no qual ainda hoje caminham. Menos Thrash, quiçá, mas ainda assim com força! Mas, se há álbum que ouvi centenas de vezes, é o “Countdown to Extinction”! Vá, aceito que digam que, um pouco à semelhança do “Youthanasia”, seja dos álbuns mais comerciais da sua fase forte... que morreria com o “Risk” (fucking prick). Mas, de qualquer forma, isso importa zerinho. Ok, a malha título é, ainda hoje e para mim, um pouco chata, mas talvez seja das centenas de vezes que rodou, digo eu. Mas, se a saltarmos, temos a “Architecture of Aggression”, que com aquele refrão, um misto de melodia com virtuosismo Mustainiano (ou Friediano), enche o peito a qualquer um. 

Voltemos um pouco atrás no tempo, até àquele que é, para uma avassaladora maioria, o melhor trabalho de Megadeth – e um dos melhores de Thrash Metal da História – o “Rust in Peace”. Compostos pelos elementos que criaram o anterior – Dave, Marty, Nick e Mustaine – este trabalho é, sem dúvida alguma, dos melhores álbuns, clássicos, de Thrash. A par do “Show no Mercy” é o meu favorito. Já não soa a amador, já é um trabalho muito “bonito” a nível de produção... malhas bem afinadinhas e o camandro! O Thrash quer-se podre, não é? Sodom Style, mas apesar de considerar que Thrash é Sodom, o meu coração tende para Megadeth.

As tees que usei até a minha esposa me obrigar a deitar fora (aquilo nem para limpar o chão serviam)! Muitos tiveram Metallica, eu tive Megadeth. “Master of Puppets” para uns, Megadeth para mim. E é difícil escolher um álbum quando tudo, até ao “Risk”, é brilhante. O “Risk” foi um erro de casting imenso. Só regressei a eles para o “The World needs a Hero”, e foi só. A essa altura já o Thrash tinha voado de mim (e deles) …

Desde então editaram uma série de álbuns; formações têm sido umas atrás das outras, mas o Thrash ainda lá está, não tão podre e o raio, mas ainda é Thrash. Ao contrário dos outros Big Thrashers, sou da opinião que foram os que envelheceram melhor.

Anthrax é banda que coiso, nunca percebi o interesse daquilo; Slayer perdeu o fôlego bastante cedo, e nem sou grande fã dos trabalhos mais idolatrados, para ser sincero; Metallica conseguiu, com o último álbum , regressar a um Thrashzito porreiro. Não faço parte da facção que diz que Metallica morreu no “Metallica” (sim, aquela porra é o self-titled, não o “Black Album”), mas sim deu um passo diferente do que tinha feito até então, só isso. É um álbum muito bom, sim senhor! Ajudou a crescer no que à música pesada se refere.

Megadeth. Podemos resumir isto tudo a um maluco que fez birra, queria provar que era melhor que os malucos que correram com ele, e acabou por não receber todo o valor que lhe é merecido. Sim, sou daqueles que considera que o Dave é a força motriz por trás do género, sem dúvida alguma! Infelizmente os Metallica souberam fazer uma carreira tremenda, e os Slayer sempre tiveram a adoração do Povo ahahah os Anthrax? Quê? Pois... O Dave é um Senhor, um senhor! Pode parecer meio atrofiado da cabeça, mas aquilo é tudo resultado das birras de adulto LOL



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