Comprei o álbum aquando do seu lançamento. Creio que conhecia 1 ou 2 músicas dos trabalhos anteriores e, verdade seja dita, nunca me agarraram, pelo que não me considerava um fã da banda. Ainda assim, arrisquei e comprei-o. Nunca fui de guilty pleasures, nunca. Sou, até certo ponto, bastante eclético. De NTM a Mons Veneris, e tudo entre estes, Música é a minha cena.
E assim, a casa chega o CD. A capa, simples e eficaz como poucas. A música… 20 anos depois consigo, facilmente, acompanhar o Sr. Chino em cada um dos hinos que compõem aquele que é, para mim, o melhor trabalho da banda. Sei que não sou o único que pensa desta forma e, apesar de os 5 de Sacramento não terem um trabalho mediano, este extravasa as fronteiras dos géneros e catapultou a banda para o “estrelato” (até soa mal, eu sei).
De serem inseridos no malfadado saco que foi o Nu-metal, a não serem vistos como algo sério e a ter em conta, Chino, Abe, Stephen, Frank e, aqui ainda, Chi, conceberam uma obra que ecoará, para sempre, nos anais da Música… seja em que género for, que isso importa zero! Engraçado, esta banda é daquelas que consegue reunir o consenso de fãs de N realidades do espectro maior, a Música.
Este álbum em específico foi um cortar
amarras com aqueles elementos que os militavam a um público, a uma “tribo”. Não
que estes fossem idênticos a uns Korn ou a qualquer uma das barbaridades – sim,
matem-me – que deram corpo a um movimento que, apesar de não ter destruído a
Música, não aportou nada de considerável – burn.
“Digital Bath”, “Street Carp”, “Teenager” (que raio é isto? Mas? Mas? Mas?), “Passenger” ou “Change…”, sem esquecer as restantes. Maynard vem, aqui, estender o tapete para o senhor que é o Chino Moreno. Não há, para mim, muitas vozes como a do Chino, simplesmente, não há. De uma doçura quente, de uma raiva juvenil que cresce e se torna adulta. É daquelas vozes que nos acompanham e que nos cuidam, nos acariciam e nos tomam como seus, como aquele suspiro apaixonado. Comigo está há 20 anos, pelo menos. Nunca mais deixei de os seguir, sempre sedento por novidades, isto porque estes “meninos” nunca gravaram o mesmo álbum duas vezes. Fizeram sempre por quebrar barreiras, por levar a sua música a um outro nível, longe de concepções e rótulos estigmatizados (a eterna associação ao Nu-metal… shoot me). Isto é Música, quero lá saber se é A ou B! Coloco-os, facilmente, no mesmo saco em que ponho Joy Division ou The Cure, ou mesmo Jeff Buckley: fazeis-me chorar, mas amo-vos como a poucos.
20 anos depois soa como deve soar um
clássico: intemporal e eterno. Exagero? Tomem atenção ao quanto me importa a
vossa opinião. É isso…. Nada.
ENGLISH VERSION
Deftones - 20 Years Later
I bought the album when it was released. I think I knew 1 or 2 songs from previous works and, truth be told, they never grabbed me, so I didn't consider myself a fan of the band. Still, I took a chance and bought it. I never had guilty pleasures, never. I am, to some extent, quite eclectic. From NTM to Mons Veneris, and everything in between, Music is my scene.
And so, it arrived at my home. The cover, simple and effective as few. Music… 20 years later I can easily accompany Mr. Chino in each of the hymns that make up what is, for me, the best work of the band. I know I'm not the only one who thinks this way and, although the 5 (now 4, originals of course) do not have an average album, this goes beyond the boundaries of genres and catapulted the band to “stardom” (it even sounds bad, I know).
From being inserted in the ill-fated bag that was Nu-metal, not being seen as something serious and taken into account, Chino, Abe, Stephen, Frank and, here again, Chi, conceived a work that will echo, forever, in the annals of Music… whatever the genre, it matters zero! Funny, this band is one of those that manage to gather the consensus of fans from N realities of the larger spectrum, Music.
This
particular album cut ties with those elements, that militated them to an
audience, to a “tribe”. Not that they were identical to Korn or to any of the
barbarities - yes, kill me - that embodied a movement that, despite not having
destroyed Music, did not contribute anything of considerable importance - burn.
"Digital Bath", "Street Carp", "Teenager" (what the hell is this? But? But? But?), "Passenger" or "Change ...", without forgetting the rest. Maynard comes here to roll out the rug for you, Chino Moreno. For me, there are not many voices like Chino's, there simply isn't. Of a warm sweetness, of a youthful anger that grows and becomes an adult. It is one of those voices that accompany us and that care for us, caress us and take us as their own, like that passionate sigh. At least 20 years with me. I never stopped following them ever since, always thirsty for news, this is because these "boys" never recorded the same album twice. They always did it to break barriers, to take their music to another level, far from stigmatized concepts and labels (the eternal association with Nu-metal… shoot me). This is Music, I don't care if it's A or B! I put them, easily, in the same bag in which I put Joy Division or The Cure, or even Jeff Buckley: you make me cry, but I love you as few.
20 years
later it sounds like a classic should sound: timeless and eternal. Overkill?
Pay attention to how much I care about your opinion. It is…. Nothing.
Comentários
Enviar um comentário