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A mostrar mensagens de agosto, 2020
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  Lucifer - Classy Retro, Doomish Class Há quem diga que o que foi feito no Passado sobrepõe-se, em qualidade, ao que hoje nos é dado. Terão razão, não terão, eterna interrogação. Mas podemos confirmar que qualidade não faltava, isso sim! Assim sendo, podemos ver como muitos músicos tentam capturar, de algum modo, esse sentimento tão próprio de uma década, de um momento na História, e replicá-lo nos tempos que hoje correm. Sou um apoiante da inovação, mas acabo, na maior parte das vezes, por inclinar-me para aqueles que inovaram zero. Contraditório, suponho. Poderíamos recordar todas as vagas de Thrash Metal que insistem, de X em X anos, em “dar à costa”. Mais não, sff! Mas não estou, de modo algum, a falar de Thrash Metal. É mais de Rock n’ Roll dos 60/70, com um travo de Ocultismo, uma frontwoman lindíssima e um travo a Black Sabbath (é mais a Coven, para ser sincero). Confere que a imagem mental que se cria, soa bem. Sim, soa mesmo bem. Tive a sorte de “conhecer” a senhora Johanna S
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  Bone Awl (US) – "An Obelisk Marks the Line" (2020) Duo Norte-americano de Black Metal ou de Punk, ou de Black Metal e Punk. De certo modo estes dois encarnam, de um modo bastante fiel, aquela que é a essência do Black Metal, ora vejamos: corrosivos, ásperos e escuros, viscerais e decadentes… é quase Black Metal a 100%, aquele que não vive assente em Folks medievais ou ambientes soturnos e esotéricos! Bone Awl é uma descarga de violência muito próxima do Crust e do Noise – Grind também, de certo modo… a atitude é tudo. Em 18 anos de existência, este é só o 2.º álbum da banda – entre uma imensidão de Demos, EPs e Splits. Constantes naquilo que apresentam, de início a fim a Podridão é a mesma, o odor a Urina e Cerveja, o vislumbre do efeito das drogas pesadas no Ser Humano, todos estes "sintomas" da doença que é a banda, estão bem retratados neste "An Obelisk Marks the Line". A simplicidade do Punk e a genuinidade do Black Metal, acabam por criar este híb
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Omitir – "Ode" (2020 Loudriver Records) Omitir, Gróvio ou Joel Fausto, todos os mesmo e cada um, uma personificação do sentimento tão nosso, tão português, tão aquele Fado que nos persegue e nos arrasta consigo. Omitir, foi, durante tempo a mais, como que ignorado, esquecido, preterido em detrimento de outros. Falhas imensas que o Ser Humano comente em prol da sua satisfação imediata, da sua satisfação efémera. Nunca Omitir foi de fácil absorção e de imediato efeito; nunca Omitir foi de linhas rectas e marcadas, nunca Omitir foi algo mais. Omitir foi sempre mais que algo; Omitir foi sempre um emaranhado de doces e sofridas melodias que insistiam em nos levar consigo, para longe, atordoados por aromas campestres com vista para o rio; Omitir foi sempre uma sessão de concentração e de exploração, nunca nos foi apresentado em toda a sua plenitude, mas sempre nos obrigou a percorrer os seus longos corredores na esperança de chegar à luz que alimenta este empedernido coração. "